Seguimos para o ciclo de estudos "O Sertão tem história" nos dias 14
e 15 de abril.” Saímos de Aracaju ás 6: 30h com destino a Gararu e Porto
da Folha. As aulas públicas sobre o sertão sergipano teve inicio na
igreja de Gararu ás 11: 25h, lá o professor Antônio Lindvaldo Sousa
(organizador da viagem), explicou que a igreja foi fundada em 1910 durante o
período da teologia da libertação. Ao observar a igreja, Sousa ressalta que ela
possui características do catolicismo guerreiro, nas imagens podemos
identificar a dor e o sofrimento que é representado pela figura do Cristo
morto. O professor ainda revela que este cenário obedece ao contexto da época,
onde a fome e seca se fazia presente. Anexo I e II.
Em seguida fomos conduzidos para o curral de pedras de seu Pedro, o qual ao
longo dos anos vem tentando manter a tradição conservando e melhorando o
curral. Seu Pedro nos mostrou as cercas mais antigas e recentes da localidade,
durante a aula o proprietário relatou as principais funções da cerca e a sua
importância na criação de gado e plantação de gêneros alimentícios, como o
arroz. “Durante muitos anos plantamos arroz nesse alagado, vendíamos muitas sacas,
mas com a construção da usina a água não entra mais e agora temos que comprar
os quilos do arroz,” diz seu Pedro. Anexo III, IV e V.
Depois das aulas, nos deslocamos até Porto da Folha para almoçar e descansar.
Depois dessas atividades, tivemos a terceira aula do dia que se seguiu na
igreja de Porto da Folha. Na igreja, o professor atentou para os aspectos
diferenciados dos da igreja de Gararu. Para ministrar a aula Sousa usou o
painel do artista Juvenal Vieira Bomfim de 1970, o painel retrata a vida
cotidiana dos moradores, onde não existe mais aquela ideia de dor e sofrimento
muito presente na de Gararu. Anexo VI. As aulas do dia teve fim na ilha do
ouro, onde o professor terminou as aulas no estabelecimento de Antônio Carlos
de Aracaju, lá ele revisou o que tínhamos presenciado durante o dia. E em
seguida para descontrair, tivemos; apresentação teatral, grupo folclórico,
piadas musicas e histórias. Anexo VII e VIII.
No dia seguinte depois do café, fomos novamente a ilha do Ouro, dessa vez para
apreciarmos a visão e visitarmos o rio capivara importante para a história
local. Em seguida, nos dirigimos para a ilha São Pedro, onde fica a comunidade
indígena Xokó, depois de percorre um longo caminho, chegamos na ilha, fomos bem
recebidos e depois de almoçar ouvimos a palestra do ex-cacique Apolônio
que contou um pouco da luta pelas terras e da importância da universidade nessa
empreitada, por fim fomos agraciados com a apresentação do toré. Anexo IX e X.