O
XIV encontro sergipano de história ocorreu nos dias 28 a 31 de maio, com a
temática; “Ibarê Dantas, memória e historiografia” o objetivo do encontro foi
homenagear o historiador Ibarê Dantas. No decorrer do evento foram apresentadas
as várias obras de Dantas e suas contribuições na formação de novos
historiadores, para prestigiar o autor estiveram presentes, professores,
estudantes, o presidente do IGHS, assim como estudantes e de
outras áreas.
O
encontro contou com a participação de professores do departamento de história, como
também outros profissionais. No primeiro dia após o credenciamento logo mais a
noite, tivemos a conferência de abertura com o professor Frederico Neves,
(UFCE) e Lourival Santana Chefe do departamento de história. Frederico Neto que
em sua fala ressaltou sobre a greve dos professores e a valorização da carreira
dos Profissionais em seguida ele comenta que o tema proposto pelo encontro
combina com seu trabalho o qual ele segue há 20 anos, depois ele afirma que o
nordeste é uma invenção do século XX.
No
segundo dia 29/05, Terezinha Alves de Oliva presidente do IPHAN, Samuel Barros
M. Albuquerque (Museologia UFS) e José Afonso de Nascimento (direito UFS) deram
seguimento ao evento com a mesa redonda Ibarê Dantas e a história política de
Sergipe coordenada pelo professor Fábio Maza. Os convidados destacaram o foco da obra, o
papel das instituições culturais no período de 1964 e 1982, quais os conceitos
chaves utilizados, classe dominantes, subalternas e os indivíduos. Depois das
discussões com algumas críticas foram enfatizados os valores e limites das
obras.
Dando
continuidade às atividades, os Palestrantes Francisco José Alves (DHI-UFS) e
José Vieira Cruz (UNIT-SE), seguiram uma abordagem mais crítica sobre as obras
do homenageado, inclusive a obra história da república em Sergipe. O professor
Francisco, começa fazendo uma crítica a obra de Ibarê em vários aspectos, ele
revela que o autor é um historiador político que se arrisca pelo campo da
economia e da cultura, o que não é segundo o palestrante, satisfatório. Em
seguida o professor, faz uma ressalva e explica que o autor foi corajoso em
escrever uma síntese em um período extenso e ainda ressalta a importância do
livro para o estudo da história republicana de Sergipe. O segundo Palestrante
da noite, seguiu o mesmo padrão do primeiro, O professor José Viera, também deu
sua visão crítica sobre a obra de Ibarê “História da república em Sergipe”, porém
ele coloca em questão a importância da fonte oral usada pelo autor. Por fim ele
declara que as obras de Ibarê precisam ser criticadas, gastas e usadas, sendo
que a partir do momento em que um livro começa a circular ele deixa de ser do autor
e pode ganhar varias interpretações, estas negativas ou positivas.
Durante
o dia 30, aconteceram várias outras atividades, logo às oito horas deu início
às comunicações, onde alunos de histórias e de várias outras áreas tiveram a
oportunidade de mostra seus trabalhos. À tarde as atividades seguiram com os
mini- cursos, que tiveram como ministrantes a professora Edna “A independência
da capitania de Sergipe”, professor Kleber “ Caminho das Pedras” e a professora
Verônica Nunes “Conhecendo o Patrimônio Imaterial”. A noite as palestras
seguiram com o Professor Antônio Fernando de Araújo Sá e o professor Antônio
Lindvaldo Sousa sobre a coordenação da Professora Edna.
A
palestra teve início com o professor Fernando Sá, o qual começa relatando que o
tema pode ser trabalho por duas vertentes, uma a amizade a qual ele tem com o
homenageado e a outra a importância que a obra tem sobre a historiografia
sergipana. Sá revela que a obra de Ibarê é de rupturas, porém segundo ele, não
se pode haver rupturas sem recorrer à tradição, em outro momento, o palestrante
cita a importância das monografias com o tema sobre Sergipe para o curso de
história, em seguida comenta a importância da nova disciplina “Historiografia
sergipana” que entrou na nova grade curricular de história. As obras de Ibarê,
afirma o Sá, possui influência disciplinar da escola dos annales. Seguindo a
história oral, o palestrante parabeniza pelo belo trabalho com a oralidade na
obra o tenentismo, depois ele acrescenta que é muito importante a utilização do
conjunto da história oral com a e escrita. Porém ele revela que faltou um ponto
importante, que é o fato de Ibarê na obra o tenentismo, estender o período até
a década seguinte.
O
professor Antônio Lindvaldo Sousa, deu continuidade às atividades da noite,
relatando seus primeiros contatos com as obras de José Ibarê da Costa Dantas. É
a partir desse dialogo que o palestrante afirma seguir sua fala no
encontro. Para da continuidade ele
revela a influência das obras de Ibarê
na confecção de monografias produzidas pelos alunos do departamento de
história. Em seguida o Sousa ressalta o levantamento que fez com as monografias
que tiveram com principal referencial teórico as obras do homenageado. Todo
esse levantamento teve caráter quantitativo e qualitativo. Por fim, ele
ressalta que a obra de ibarê é muito importante não apenas para entendermos a
história política de Sergipe, mas também as outras esferas da sociedade, assim
como a cultura, economia enfim.
No
último dia do evento, tivemos a honra de prestigiar um dos mais importantes
autores da historiografia sergipana. Com muito humor Ibarê agradeceu a
homenagem e começou falando sobre o objetivo de suas obras, motivações e
carência de Sergipe nessa área. Segundo ele, foi à postura dos paulistas que o
levou a escrever sobre a história política do nosso estado, também declarou que
para ele foi um desafio, porém gratificante, inclusive o escrever quando a
pesquisa está preparada para tal, e assim Dantas descreve cada uma de suas
obras, os desafios, benefícios e anseios
que sentiu em escrever cada uma delas.